Ânsia de uma brisa fresca no final da tarde
Ânsia de uma brisa fresca no final da tarde
Nas sombras duma infindável linha de calçadão
Espreita do miradouro enquanto o oceano arde
Repousa junto dos bancos encostados no paredão.
Palavras atravessando os penedos da beira-mar
Velhas bocas-de-fogo no parapeito das ameias
Estórias que o acaso irrompeu sempre a somar
Indubitável suco de riso de abelhas nas colmeias.
Caminhos cruzados na encruzilhada do nascente
Sonhos confiscados espiando a natureza sem beira
Máscaras letárgicas sem dó machucadas no poente
Primaveril da grotesca insalubre insónia com eira.